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Qualquer pessoa com mais de 30 anos deve se lembrar que a publicidade já foi uma profissão “da moda”. Profissionais da área eram celebridades, as principais premiações mundiais tinham destaque nos jornais e havia até programas na TV – aberta e paga – que mostravam filmes e peças que estavam sendo feitas ao redor do mundo.
Por outro lado, atualmente as premiações de publicidade parecem esvaziadas do interesse das agências e do público. Ninguém mais se importa quem ganhou prêmio X no ano Y, e, pior, descobrir essa informação não é exatamente uma tarefa simples, já que até os sites especializados em publicidade não se dedicam mais sobre o assunto. E, desde a Fearless Girl – estátua de bronze de uma menina instalada pela McCann em frente ao Touro de Wall Street em 2018 – nenhuma outra campanha publicitária foi capaz de chegar aos noticiários de qualquer lugar do mundo.
Antes de sentir alguma nostalgia pelos tempos antigos que não voltam mais, um adendo: hoje, existem mais agências e mais clientes, já que a internet abriu espaço para que empresas de pequeno ou médio porte pudessem atingir seu público com uma precisão inimaginável até o começo dos anos 2010.
Essa fragmentação também permitiu a criação de polos criativos distantes do eixo Rio-SP, o que abriu as portas para novos clientes e, bem, a esta hora você já entendeu onde quero chegar.
A publicidade de hoje é menos glamurosa. Mas, também, é mais acessível, mais precisa e, também, é mais capaz de transformar a história de negócios.
E a criatividade, a força motriz da publicidade por tantos anos? É assunto pra outro momento.
Esse assunto trouxe à tona um causo de 2010, quando a Lampejos apoiou, junto a outros entusiastas da internet, um encontro para fomentar o conhecimento e o mercado fora do eixo Rio-SP.
Levamos um banner para promover a empresa cuja função era exibir as opiniões dos participantes, projetadas através de uma hashtag no Twitter. Um painel colaborativo em tempo real sobre o assunto principal. Cadastramos a peça numa premiação de publicidade de grande influência no estado, enviamos vídeos e fotos dela cumprindo com a sua função criativa, mas insistiram no envio da peça física como forma válida de participação. Receberam um banner em branco.
Rimos muito, fomos desclassificados.
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