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Nem parece, mas o Metaverso, da Meta Inc, completou um ano. Mas se até hoje você não sabe o que ele é para o que ele serve, bem-vindo ao time: aparentemente, nem o próprio Mark Zuckerberg tem a resposta.
De acordo com o New York Times (paywall), mesmo depois de “bilhões e bilhões” de dólares, o projeto ainda engatinha e sofre com frequentes mudanças de estratégia “feitas por capricho” por Zuckerberg e o Horizon Worlds, game que deveria ser a vitrine da plataforma, é pouco popular e tem tantos bugs que seus desenvolvedores tiveram que organizar uma força-tarefa para solucioná-los.
Lançado em agosto de 2021, o Metaverso seria um ambiente online que reproduziria a vida real, o que inclui trocar dinheiro – de verdade – por roupas, acessórios e até imóveis para seu avatar, que seria usado para turismo, encontros e outras trivialidades.
Se isso lhe soou familiar, talvez você se lembre do Second Life, que foi bastante popular entre 2005 e 2006 com uma mesma proposta. Ou, melhor ainda, do Minecraft, que se tornou tão grande e popular que, hoje, se tornou um ícone cultural para toda uma geração. Ou, talvez, do GTA Online, Red Dead Redemption, Cyberpunk 2077 ou qualquer outro MMRPG que permita personalização de avatares e encontros entre usuários. Expandindo um pouco o conceito, o Twitter, Instagram e até o YouTube podem ser considerados metaversos. E todos eles podem ser experimentados em sua plenitude neste exato momento, só que sem aquele gostinho de novidade.
Zuckerberg sabe que tanto o Facebook quanto o Instagram estão cumprindo seu ciclo natural de vida e que seu auge provavelmente já está no passado. Com seu Metaverso, ele tenta fazer sua empresa se manter relevante e pioneira.
Por ora, a lição que fica é que nem toda boa ideia é nova e que nem toda nova ideia é boa.
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